Aos que perderam o seminário "Agressividade e Dominância" não percam as fotos!
É já no próximo fim de semana.
Para os mais distraidos, aqui fica o programa.
AGRESSIVIDADE
Agressividade
§ O que é a agressividade nos cães?
§ Agressividade como problema comportamental
Tipos de agressividade
§ Agressividade defensiva
§ Agressividade redireccionada
§ Agressividade com pessoas/estranhos
§ Agressividade com animais (cães, gatos, etc.)
Agressividade e quadros médicos
§ Quadros médicos que propiciam agressividade
§ Medicamentos usados no tratamento de casos de agressividade
§ A procura de ajuda no veterinário
Sinais comunicativos caninos
§ Sinais de apaziguamento
§ Sinais de distanciamento
§ Supressão de sinais e consequências
Condicionamento clássico e operante
§ O que é o condicionamento clássico
§ O que é o condicionamento operante
§ Os 4 quadrantes de ensino
Uso de castigo positivo e reforço negativo na abordagem de problemas agressivos
§ Dificuldades
§ Consequências
§ Flooding
§ Learned Helplessness
Técnicas de resolução de agressividade
§ O que é o modelo A-C-C?
§ Como determinar o A e os Cs
§ Entrevista
§ Técnicas de resolução de problemas de agressividade
DOMINÂNCIA
Dominância
Conceito de dominância
Conceito de dominância no mundo dos cães
Origem do conceito de dominância
Hierarquia
Conceito de hierarquia
Tipos de hierarquias
A hierarquia nos cães
Os lobos e os cães
Origem e evolução dos cães
Semelhanças e diferenças entre cães e lobos
O lobo na sala-de-estar
Teoria da dominânica
Teoria da dominância no treino canino
Consequências no relacionamento com cães
Falhas da teoria da dominância
Ciência da aprendizagem na abordagem de casos de agressividade
As Fotos do Leão
Amor é...
...deixar a Spring roer um osso de borracha e encher a minha cama de pedacinhos de borracha só para ela não lamber o creme com que acabei de besuntar-lhe as patas!
Capítulo 6
A D. Maria tem uma qualidade muito importante que merece ser realçada: empatia, ela percebe instintivamente que todos os cães são o seu Prince, que todos têm as mesmas necessidades e sentimentos. Não é como alguns “donos” de cães que vemos por aí, a passear o seu cãozinho pela trela e a distribuir pontapés por todos os cães de rua que ousam aproximar-se do seu bichinho!
Sendo assim, a D. Maria socorreu a cadela e os seus filhotes com a mesma determinação com que se empenha a fazer feliz o seu Prince.
Nessa noite, a casa da D. Maria ficou mais pequena; uma cama grande para a mãe e filhos, mantas, toalhas, jornais espalhados pelo chão da cozinha. Recebeu os novos hóspedes com muito mais confiança que recebera o Prince. Afinal já é perita em cães; tem ração e desparasitantes em casa, tem o número do veterinário memorizado no telemóvel, tem alguma experiência e amor é o que não lhe falta.
Finalmente, a D. Maria senta-se no sofá da sala. Suspira. Os cães estão tratados, domem e ressonam com a barriga cheia. Sabe bem ouvir a sua respiração.
Por hoje, já está, tudo tratado. Pode ir deita-se e dormir descansada. Mas amanhã? Como é que vai ser? Não sabe. Mas a D. Maria é uma mulher metódica e sabe que não vale a pena antecipar os problemas. Levanta-se e vai para a cama. Amanhã, logo se vê.
A D. Maria tem uma qualidade muito importante que merece ser realçada: empatia, ela percebe instintivamente que todos os cães são o seu Prince, que todos têm as mesmas necessidades e sentimentos. Não é como alguns “donos” de cães que vemos por aí, a passear o seu cãozinho pela trela e a distribuir pontapés por todos os cães de rua que ousam aproximar-se do seu bichinho!
Sendo assim, a D. Maria socorreu a cadela e os seus filhotes com a mesma determinação com que se empenha a fazer feliz o seu Prince.
Nessa noite, a casa da D. Maria ficou mais pequena; uma cama grande para a mãe e filhos, mantas, toalhas, jornais espalhados pelo chão da cozinha. Recebeu os novos hóspedes com muito mais confiança que recebera o Prince. Afinal já é perita em cães; tem ração e desparasitantes em casa, tem o número do veterinário memorizado no telemóvel, tem alguma experiência e amor é o que não lhe falta.
Finalmente, a D. Maria senta-se no sofá da sala. Suspira. Os cães estão tratados, domem e ressonam com a barriga cheia. Sabe bem ouvir a sua respiração.
Por hoje, já está, tudo tratado. Pode ir deita-se e dormir descansada. Mas amanhã? Como é que vai ser? Não sabe. Mas a D. Maria é uma mulher metódica e sabe que não vale a pena antecipar os problemas. Levanta-se e vai para a cama. Amanhã, logo se vê.
Chique,chique!
As carraças aproveitavam o pelo espesso e comprido do nosso guerreiro para se refugiarem e alimentarem. Era fartar vilanagem!
Como para grandes males, grandes remédios, o Talibocas foi à tosquia (gentileza da tia Sara!)
O resultado está à vista; o nosso Talibocas ficou chique, chique. Até parece um lulu de luxo! Quem te viu e quem te vê, meu amigo.
Johnny, a aproximação
O Johnny já se aproxima de mim. Cheira-me e anda pelo pátio, fascinado com a bola do Leão.
Ainda não vai atrásda bola, mas já deixou de me rosnar. Devagar, devaraginho ele vai perdendo o medo...
Leão e Johnny
São os novos hóspedes da Casa.
O Leão impressiona pela sua beleza. Mais uma vez, se confirma que a riqueza genética de um chamado rafeiro pode produzir resultados de surpreendente beleza! Além do mais, prima pela originalidade; é um cão único, como nunca vi nenhum!
Estou sem máquina fotográfica, mas hei-de pedir uma foto aos donos para postar aqui.
De feitio é um cão normal; sociável, brincalhão, meigo. Gosta de correr atrás da bola e de me lamber a cara. É um prazer estar com ele!
O Johnny é um caso único para mim; um cão que não gosta de pessoas. Tem medo.
Passo por ele e ignoro-o. Fica a ver-me brincar no pátio com o Leão, curioso e receoso. Dizem-me que adora bolas, mas nem isso o convence a aproximar-se. Sempre que olho para ele, rosna-me. Não faz mal, dou-lhe tempo. O importante é que se sinta o melhor possível.
Deita-se na sua cama e rosna-me sempre que eu o espreito. Ao contrário do que eu esperava, come bem. É bom sinal!
O Leão impressiona pela sua beleza. Mais uma vez, se confirma que a riqueza genética de um chamado rafeiro pode produzir resultados de surpreendente beleza! Além do mais, prima pela originalidade; é um cão único, como nunca vi nenhum!
Estou sem máquina fotográfica, mas hei-de pedir uma foto aos donos para postar aqui.
De feitio é um cão normal; sociável, brincalhão, meigo. Gosta de correr atrás da bola e de me lamber a cara. É um prazer estar com ele!
O Johnny é um caso único para mim; um cão que não gosta de pessoas. Tem medo.
Passo por ele e ignoro-o. Fica a ver-me brincar no pátio com o Leão, curioso e receoso. Dizem-me que adora bolas, mas nem isso o convence a aproximar-se. Sempre que olho para ele, rosna-me. Não faz mal, dou-lhe tempo. O importante é que se sinta o melhor possível.
Deita-se na sua cama e rosna-me sempre que eu o espreito. Ao contrário do que eu esperava, come bem. É bom sinal!
Money for Food
Chegou-me um apelo, que li na diagonal, em que pediam ajuda monetária para comprar comida para animais. Não sei qual é a origem do apelo, penso que será nos Estados Unidos da América porque pediam um dólar por pessoa.
O que me prendeu a atenção neste apelo foi dizerem que o dinheiro é para comida, visto que não se podem dar ao luxo de proporcionar cuidados veterinários aos animais.
Esta situação choca-me! Não é que não compreenda a falta de recursos. Compreendo até bem demais!
O que me choca é a opção de salvar um maior número de animais em detrimento da qualidade de vida que proporcionam aos animais resgatados.
Cada vez mais me convenço da necessidade das associações se aperceberem da impossibilidade de salvar todos os animais em risco. São muitas dezenas de milhares!
Cada vez mais me convenço da necessidade das associações trabalharem com qualidade oferecendo aos animais que resgatam óptimas condições de vida.
Se não for para fazer felizes aqueles que conseguimos salvar, então o que é que andamos a fazer?
Pititi
A Luna tem o pelo mais claro no dorso, mas, como a minha máquina fotográfica pifou de vez, aqui fica uma imagem semelhante...
Ela chama-se Luna, é uma Yorkshire Terrier pequenina, tão pequenina que lhe chamo Pititi, Pilili, Piriri e outros nomes com muitos is.
Veio passar uns dias à Casa do Pinhal e eu tenho-me derretido com ela. É uma doçura! Deita-se muito encostada a mim e fica. Não dá trabalho nenhum. Só tem uma coisa: não suporta ficar separada de mim. Nem por um bocadinho. Ladra, gane, faz xixi… Acredito que esteja habituada a estar sempre acompanhada e é a primeira vez que se separa da família.
É curiosa com os outros cães, mas eles assustam-na, devem parecer-lhe gigantes, e refugia-se atrás das minhas pernas. Tenho-a mantido afastada dos outros, ela é tão frágil!
Para mim, que tenho uma predilecção por cães grandes, a Luna tem sido a prova que o tamanho não importa e ser mini tem as suas vantagens, oh se tem! Todo o prazer da companhia de um cão, com o mínimo de trabalho; são portáteis, comem pouco, ladram baixinho e, quando dão beijinhos, não fico com a cara e os óculos todos besuntados. Tem vantagens, sim senhor!
Veio passar uns dias à Casa do Pinhal e eu tenho-me derretido com ela. É uma doçura! Deita-se muito encostada a mim e fica. Não dá trabalho nenhum. Só tem uma coisa: não suporta ficar separada de mim. Nem por um bocadinho. Ladra, gane, faz xixi… Acredito que esteja habituada a estar sempre acompanhada e é a primeira vez que se separa da família.
É curiosa com os outros cães, mas eles assustam-na, devem parecer-lhe gigantes, e refugia-se atrás das minhas pernas. Tenho-a mantido afastada dos outros, ela é tão frágil!
Para mim, que tenho uma predilecção por cães grandes, a Luna tem sido a prova que o tamanho não importa e ser mini tem as suas vantagens, oh se tem! Todo o prazer da companhia de um cão, com o mínimo de trabalho; são portáteis, comem pouco, ladram baixinho e, quando dão beijinhos, não fico com a cara e os óculos todos besuntados. Tem vantagens, sim senhor!
Capítulo 5
Um cão, não o Prince, outro. Talvez seja uma cadela. Sim, é uma cadela, muito magra, suja, a meter o nariz nuns restos ao lado do caixote do lixo.
À medida que a D. Maria se aproxima lentamente, a cadela afasta-se, com medo.
A D. Maria compreende que a abordagem é ineficaz e dá meia volta, a caminho do emprego, não sem antes ter deixado um montinho de biscoitos para cão que trazia na mala.
Vira-se a tempo de ver a cadela devorar os biscoitos. Ah, minha querida, o teu mal é fome! Não te preocupes que eu volto com mais comida, promete a D. Maria nos seus pensamentos.
Depois de uma manhã desatenta no trabalho, sempre a pensar na cadela esfomeada, a D. Maria aproveita o curto intervalo de almoço para correr à mercearia mais próxima e comprar uma lata de patê com aspecto apetitoso.
Corre para o caixote do lixo onde vira a cadela e procura-a nas redondezas. Aventura-se por ruas estreitas, por prédios em ruínas e acaba por encontrá-la num buraco, uma toca improvisada.
- Ai, minha filha! Ai, minha querida, exclama a D. Maria ao perceber que enroscados na cadela estão um monte de cachorrinhos, muito bebés, muito pequeninos.
Abre a lata de comida e espalha-a em cima do saco de plástico, o mais perto que se consegue aproximar sem assustar a mãe.
- Ai, minha querida filha! O que é que faço contigo? Ai, suspira, enquanto volta para o emprego a correr, que já está atrasada.
Um cão, não o Prince, outro. Talvez seja uma cadela. Sim, é uma cadela, muito magra, suja, a meter o nariz nuns restos ao lado do caixote do lixo.
À medida que a D. Maria se aproxima lentamente, a cadela afasta-se, com medo.
A D. Maria compreende que a abordagem é ineficaz e dá meia volta, a caminho do emprego, não sem antes ter deixado um montinho de biscoitos para cão que trazia na mala.
Vira-se a tempo de ver a cadela devorar os biscoitos. Ah, minha querida, o teu mal é fome! Não te preocupes que eu volto com mais comida, promete a D. Maria nos seus pensamentos.
Depois de uma manhã desatenta no trabalho, sempre a pensar na cadela esfomeada, a D. Maria aproveita o curto intervalo de almoço para correr à mercearia mais próxima e comprar uma lata de patê com aspecto apetitoso.
Corre para o caixote do lixo onde vira a cadela e procura-a nas redondezas. Aventura-se por ruas estreitas, por prédios em ruínas e acaba por encontrá-la num buraco, uma toca improvisada.
- Ai, minha filha! Ai, minha querida, exclama a D. Maria ao perceber que enroscados na cadela estão um monte de cachorrinhos, muito bebés, muito pequeninos.
Abre a lata de comida e espalha-a em cima do saco de plástico, o mais perto que se consegue aproximar sem assustar a mãe.
- Ai, minha querida filha! O que é que faço contigo? Ai, suspira, enquanto volta para o emprego a correr, que já está atrasada.
Agressividade
Um excelente artigo sobre agressividade que, infelizmente, está em inglês.
Este tema vai ser profundamente debatido no seminário "Agressividade e Dominância" dos dias 26 e 27 deste mês, pelo que, o lerem o texto, ficarão com uma ideia das mensagens que serão transmitidas no seminário.
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"Sempre que um cão sai das minhas mãos para uma nova família, desejo que o tratem tão bem, ou ainda melhor, que eu. Desejo que compreendam que o cão não entra na suas vidas para os fazer felizes, mas, inversamente, a ideia é eles fazerem feliz o cão."