Quero escrever, mas não consigo. Ainda não consigo. Por enquanto, parece que vivo rodeada de algodão em rama que me abafa os pensamentos e as acções. Quero fazer, mas os gestos perdem-se, esboroam-se, desfazem-se... Ainda não consigo.
Google, más notícias
Estou sentada à frente do computador, o Google está deitado ao meu lado, a receber mimos e a fazer aqueles barulhinhos que ele faz quando gosta, uns “rosninhos”, um equivalente canino do ronronar…
O Dr. Paulo acaba de me telefonar. Confirma-se um linfoma. Explicou-me que não é um linfoma comum e disse alguns outros palavrões que não percebi. Pedi-lhe que me enviasse os relatórios dos exames por email, para tentar perceber o que se trata.
A única coisa que percebi é que a quimioterapia pode prolongar-lhe a vida durante algum tempo. Nem sei de quanto tempo estamos a falar… Não sei nada!
O Dr. Paulo acaba de me telefonar. Confirma-se um linfoma. Explicou-me que não é um linfoma comum e disse alguns outros palavrões que não percebi. Pedi-lhe que me enviasse os relatórios dos exames por email, para tentar perceber o que se trata.
A única coisa que percebi é que a quimioterapia pode prolongar-lhe a vida durante algum tempo. Nem sei de quanto tempo estamos a falar… Não sei nada!
Spring Time (II)

Quando estou triste, abatida, desanimada agarro-me à Spring. Abraço-me a ela e ficamos, muito juntinhas.
Ela lambe-me a cara e as mãos. Eu acaricio-a e encho de beijos aquele focinho amado.
Ficamos juntas. Sinto o coração dela bater apressado. Oiço-a respirar…
De vez em quando, ela dá um pum mal cheiroso e eu digo-lhe que ela é a rainha dos puns mal cheirosos. Sorriu-lhe. Amo-a.
Depois chega a altura em que tenho de ir limpar ou cozinhar ou fazer outra coisa qualquer. Separamo-nos e lá vou tratar da minha vida.
A vida já não me pesa tanto, a tristeza não é tão profunda, o desânimo desaparece. A Spring aquece-me a alma. Conforta-me.
Não sei explicar que misteriosa química ela faz funcionar, mas o certo é que funciona. A Spring tem sido um grande apoio nestes tempos de preocupação com a saúde do Google e outras preocupações que vão surgindo nas marés da vida. Estou-lhe profundamente grata.
Ela lambe-me a cara e as mãos. Eu acaricio-a e encho de beijos aquele focinho amado.
Ficamos juntas. Sinto o coração dela bater apressado. Oiço-a respirar…
De vez em quando, ela dá um pum mal cheiroso e eu digo-lhe que ela é a rainha dos puns mal cheirosos. Sorriu-lhe. Amo-a.
Depois chega a altura em que tenho de ir limpar ou cozinhar ou fazer outra coisa qualquer. Separamo-nos e lá vou tratar da minha vida.
A vida já não me pesa tanto, a tristeza não é tão profunda, o desânimo desaparece. A Spring aquece-me a alma. Conforta-me.
Não sei explicar que misteriosa química ela faz funcionar, mas o certo é que funciona. A Spring tem sido um grande apoio nestes tempos de preocupação com a saúde do Google e outras preocupações que vão surgindo nas marés da vida. Estou-lhe profundamente grata.
Uma boa notícia
O projecto mais votado no orçamento participativo da Câmara Municipal de Lisboa foi o melhoramento do canil/gatil municipal.
No próximo ano, cá estaremos para continuar a pedir para melhorar as condições de vida dos animais errantes na capital.
Os animais não votam, nós sim.
Espuma, Penas e Galochas
Todos os dias, de manhã, quando vou dar o antibiótico à Spring, encontro a marquise cheia de espuma por todo o lado. Quando a espuma é branca fica lindo, parece que nevou. Havia uma almofada de uma cama que comprei para o Manuel que estava recheada de uma espuma branca, pequenina, parecia mesmo neve. Já a espuma do colchão do Google e a do sofá são amarelas, o que não dá o mesmo efeito.
Hoje, quando pensava que não havia mais espuma que pudessem roer, fui surpreendida com um cenário de penas, pequenas e leves penas, espalhadas pelo chão, pelas mantas, pelos cães…
Lá recolhi a almofada (agora lixo) e apanhei as penas o melhor que pude, ainda ficaram algumas presas nas mantas e no pelo dos cães…
Conclui que tinha de lhes dar algo mais para roer e tive uma boa ideia que está a resultar muito bem. Umas velhas galochas que a Spring já tinha roído quando veio cá para casa. Ofereci-lhe uma (é preciso fazer render) recheada de biscoitos, não muitos, apenas uma mão cheia lá no fundo para dar luta.
Deixei uma cadela entretida e feliz e, com um bocado de sorte, amanhã de manhã não me irei deparar com um cenário tão caótico como habitualmente.
Hoje tive uma visita muito especial: a Isabel Aires do PAAA (Projecto de Ajuda Alimentar Animal) que veio contribuir com muitos, muitos quilos de ração e biscoitos para os habitantes da Casa.
Obrigada, Isabel. Obrigada, PAAA. É muito reconfortante receber a ajuda dos amigos nas alturas difíceis.
Também não quero deixar passar sem uma palavra de agradecimento uma amiga que tem estado sempre presente para ajudar: a Cristina, madrinha do Google. Tem ajudado sempre no já longo historial clínico deste menino e é muito bom saber que posso contar com ela nos tempos complicados que se avizinham.
A todos os meus amigos, companheiros de luta, de vida e de blogue, agradeço profundamente todo o apoio que me têm dado. Muito, muito obrigada.
Hoje, quando pensava que não havia mais espuma que pudessem roer, fui surpreendida com um cenário de penas, pequenas e leves penas, espalhadas pelo chão, pelas mantas, pelos cães…
Lá recolhi a almofada (agora lixo) e apanhei as penas o melhor que pude, ainda ficaram algumas presas nas mantas e no pelo dos cães…
Conclui que tinha de lhes dar algo mais para roer e tive uma boa ideia que está a resultar muito bem. Umas velhas galochas que a Spring já tinha roído quando veio cá para casa. Ofereci-lhe uma (é preciso fazer render) recheada de biscoitos, não muitos, apenas uma mão cheia lá no fundo para dar luta.
Deixei uma cadela entretida e feliz e, com um bocado de sorte, amanhã de manhã não me irei deparar com um cenário tão caótico como habitualmente.
Hoje tive uma visita muito especial: a Isabel Aires do PAAA (Projecto de Ajuda Alimentar Animal) que veio contribuir com muitos, muitos quilos de ração e biscoitos para os habitantes da Casa.
Obrigada, Isabel. Obrigada, PAAA. É muito reconfortante receber a ajuda dos amigos nas alturas difíceis.
Também não quero deixar passar sem uma palavra de agradecimento uma amiga que tem estado sempre presente para ajudar: a Cristina, madrinha do Google. Tem ajudado sempre no já longo historial clínico deste menino e é muito bom saber que posso contar com ela nos tempos complicados que se avizinham.
A todos os meus amigos, companheiros de luta, de vida e de blogue, agradeço profundamente todo o apoio que me têm dado. Muito, muito obrigada.
15 de Janeiro, sexta-feira de manhã
O Google acabou de sair com o Dr. Paulo para ir fazer uma punção lombar. As análises revelaram uma infecção e um aumento brutal de glóbulos brancos. A punção de hoje é para investigar a hipótese de um linfoma. Os resultados só virão para a semana...
A pata esquerda
Dizem que o que começa mal acaba bem e espero que assim seja. Sinto que estamos a entrar no ano novo com a pata esquerda, com duas grandes apreensões a pesarem-me na alma.
O Google, que foi hoje ao médico fazer análises, porque está cada vez mais magro, apesar de comer bem. Pesa só 26,5 quilos, quando deveria pesar cerca de 35. Tem vindo a emagrecer desde a última vez que foi operado. Alguma coisa não está bem!
Amanhã já devo ter o resultado das análises e espero que não seja nada grave…
A Spring é outra dor de alma. Com muito pesar, tive de decidir dá-la para adopção. A minha vontade era ficar com ela abraçada para sempre. Não pode ser…
Custa-me horrores saber que nos vamos separar… Dói tanto que nem consigo escrever sobre este assunto.
O Google, que foi hoje ao médico fazer análises, porque está cada vez mais magro, apesar de comer bem. Pesa só 26,5 quilos, quando deveria pesar cerca de 35. Tem vindo a emagrecer desde a última vez que foi operado. Alguma coisa não está bem!
Amanhã já devo ter o resultado das análises e espero que não seja nada grave…
A Spring é outra dor de alma. Com muito pesar, tive de decidir dá-la para adopção. A minha vontade era ficar com ela abraçada para sempre. Não pode ser…
Custa-me horrores saber que nos vamos separar… Dói tanto que nem consigo escrever sobre este assunto.
Maia
Como prometido, aqui fica uma foto da bela Maia que passou o Natal comigo.
Cá está ela na sua caminha para mostrar aos donos que se porta bem e não sobe para o sofá - claro que foi só para a fotografia!
Ela adorou as pinhas e sempre que podia ia roubá-las ao cesto das pinhas e ficava entretida a roer.
Queridos, os cães encolheram!
Não se trata do título de mais uma sequela de um filme em que as personagens encolhem e esticam ao sabor das invenções do pai/cientista maluco, mas sim do factor Ugo!
Setenta quilos de beleza canina em preto e branco, uma doçura, com tanta meiguice como tamanho, um verdadeiro “paz de alma”!
É impressionante como, ao pé dele, todos os cães parecem miniaturas. Não falo do Manuel que é um cão pequeno e continua a parecer um cão pequeno. Mas o Google e a Spring já têm um tamanho razoável Ao pé do Ugo parece que foram encolhidos. Fazem lembrar aquelas figuras de presépio em que o pato é maior que a vaca, ou os brinquedos das crianças em que o gato é maior que o dinossauro. Basicamente, o factor Ugo confunde-me a noção de proporção!
O Ugo cão enche-me de mimos, enche a casa (que ficou mais pequena com a chegada dele), deita-se ao é da salamandra e ressona suavemente… O Ugo cão é bom para abraçar, acariciar o seu pelo macio e suave, encher de beijos a sua cabeça do tamanho do mundo. O Ugo cão lembra-me todos os dias o porquê de eu ter uma adoração muito especial por esta raça: Grand Danois.
Setenta quilos de beleza canina em preto e branco, uma doçura, com tanta meiguice como tamanho, um verdadeiro “paz de alma”!
É impressionante como, ao pé dele, todos os cães parecem miniaturas. Não falo do Manuel que é um cão pequeno e continua a parecer um cão pequeno. Mas o Google e a Spring já têm um tamanho razoável Ao pé do Ugo parece que foram encolhidos. Fazem lembrar aquelas figuras de presépio em que o pato é maior que a vaca, ou os brinquedos das crianças em que o gato é maior que o dinossauro. Basicamente, o factor Ugo confunde-me a noção de proporção!
O Ugo cão enche-me de mimos, enche a casa (que ficou mais pequena com a chegada dele), deita-se ao é da salamandra e ressona suavemente… O Ugo cão é bom para abraçar, acariciar o seu pelo macio e suave, encher de beijos a sua cabeça do tamanho do mundo. O Ugo cão lembra-me todos os dias o porquê de eu ter uma adoração muito especial por esta raça: Grand Danois.
Treatro a favor do Projecto de Ajuda Alimentar Animal
O PAAA (Projecto de Ajuda Alimentar Animal) através do amável convite da Empresa Há Cultura, criação e produção de eventos, vai ser beneficiário da totalidade da venda de Bilhetes para a peça “Episódios da vida romântica” Os Maias de Eça de Queirós, a realizar no próximo dia 13 de Janeiro (Quarta-feira) pelas 21.00h, na Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro, em Telheiras ás 21h.
O custo da entrada é de 3, 5 Euros e a inscrição tem de ser efectuada para o mail: paaa.lisboa@gmail.com onde deve constar como assunto da mensagem “Bilhete para a peça “Episódios da vida romântica” , o numero de Bilhetes pretendidos e o nome completo da pessoa/as.
As Festas
Amanhã é dia de reis e oficialmente acabam as festas. Ainda bem. Foi bom enquanto durou, mas chega. É hora de voltar à bendita rotina.
Tive o privilégio de ter hóspedes maravilhosos durante o Natal e Ano Novo.
No Natal, tive a companhia da Maia, uma jovem cadela lindíssima e extremamente bem comportada. Tirei-lhe algumas fotos que prometo postar em breve (assim que carregar as pilhas da máquina fotográfica).
Na passagem de ano, tive a companhia da Flea Bag, uma pequena labradora igualmente bem comportada. Infelizmente não lhe tirei fotos porque estava sem pilhas na máquina, mas ela prometeu voltar e terei outras oportunidades.
Ambas as meninas ficaram instaladas na saleta, afinal é o sítio mais quente da casa. A Maia, cuja dona me preveniu que não está autorizada a subir no sofá, claro que ficou no sofá! Eu bem lhe preparei uma caminha no chão, mas ela mostrou claras preferências pelo sofá e era Natal… não consegui negar-lhe esse prazer!
Para a Flea Bag preparei uma cama no sofá, com autorização do dono, mas ela preferiu o chão. Deitava-se aos meus pés depois de desafiar o Google e o Manuel para brincar e eles a ignorarem completamente. Claro que brincavam, mas nem sempre os meus meninos estavam para brincadeiras, querem sopas e descanso e eu compreendo-os. Aliás, vou agora descansar para ao pé da doce Girassola que está toda enroscadinha com a cabeça na minha almofada, como quem convida: Vem para aqui fazer ó ó comigo, vem.
Tive o privilégio de ter hóspedes maravilhosos durante o Natal e Ano Novo.
No Natal, tive a companhia da Maia, uma jovem cadela lindíssima e extremamente bem comportada. Tirei-lhe algumas fotos que prometo postar em breve (assim que carregar as pilhas da máquina fotográfica).
Na passagem de ano, tive a companhia da Flea Bag, uma pequena labradora igualmente bem comportada. Infelizmente não lhe tirei fotos porque estava sem pilhas na máquina, mas ela prometeu voltar e terei outras oportunidades.
Ambas as meninas ficaram instaladas na saleta, afinal é o sítio mais quente da casa. A Maia, cuja dona me preveniu que não está autorizada a subir no sofá, claro que ficou no sofá! Eu bem lhe preparei uma caminha no chão, mas ela mostrou claras preferências pelo sofá e era Natal… não consegui negar-lhe esse prazer!
Para a Flea Bag preparei uma cama no sofá, com autorização do dono, mas ela preferiu o chão. Deitava-se aos meus pés depois de desafiar o Google e o Manuel para brincar e eles a ignorarem completamente. Claro que brincavam, mas nem sempre os meus meninos estavam para brincadeiras, querem sopas e descanso e eu compreendo-os. Aliás, vou agora descansar para ao pé da doce Girassola que está toda enroscadinha com a cabeça na minha almofada, como quem convida: Vem para aqui fazer ó ó comigo, vem.
Rapidamente

Passo por aqui só para desejar boas entradas em 2010 e dizer que a cãobada está bem; o Talibocas vai melhorando devagarinho e já se notam algumas melhoras nas patas da Spring. Com este tempo frio e ventoso, os "meninos" só querem estar deitados a descansar, de preferencia tapados com mantas.
Volto para o ano com mais novidades. Bom ano!
Vantagens de Adoptar um Animal Adulto
Recebi esta mensagem da PetNet:
"Os animais abandonados já foram bebés. Já viveram numa casa que depois, por algum motivo, os dispensou. Muitos são deixados para trás no mato, no caminho para as férias, outros são encontrados à beira das auto-estradas e outros são deixados nos canis/ gatis pelos próprios donos. As histórias repetem-se. E os animais esmorecem aos poucos num canto esperando pelos seus donos. Muitos adoecem com graves depressões e deixam-se morrer, evitando a comida e a água.
Um animal, independentemente da sua idade, tem muito amor para dar. Os animais abandonados, quer gatos quer cães, aprendem a amar quem lhes quiser bem. De facto, já passaram por tanta negligência e maldade que aprendem a amar a nova família adoptante de uma maneira incondicional. Os animais abandonados têm uma história muito triste por contar. Não deixem que uma dermatite causada pelas andanças na rua, a sua magreza ou a sua triste aparência vos iluda. Quando tinham dono o seu pêlo era lindo, eles corriam felizes e tinham um belo porte. Agora abandonados parece que todo o mundo desistiu deles. Vivem uma vida marginal, sobrevivendo de algumas (raras) pessoas bondosas que se vão sensibilizando. Muitos de vocês têm um animal. Agora imaginem como seria se o vosso menino andasse vagueando pela rua tentando sobreviver... É o que milhares deles fazem. E cada dia que sobrevivem é uma vitória. Que bom seria voltarem a ter uma casa que lhes desse mimo, que os acolhesse e que os tratasse para que o seu pêlo voltasse a brilhar. Que orgulho seria ter um guerreiro destes em casa…
São várias as vantagens de adoptar animais adultos:
* Talvez a mais importante é o facto de estarem a retirar um animal de um canil/ gatil, evitando o abate de uma vida inocente. Anualmente milhares de animais são abandonados, de todas as idades e de todas as raças. Muitos animais, exactamente por terem sido abandonados por alguém sem escrúpulos, estão já educados para viverem em casa e têm, por isso, certos hábitos incutidos. Hábitos higiénicos – como por exemplo, o hábito de passear na rua, recusando fazer necessidades em locais fechados; o hábito de não ladrarem às visitas; ou de se comportarem às horas de refeição;
* Já não terão o hábito de roer a mobília (próprio de muitos cachorros durante a mudança de dentição) e alguns – concretamente aqueles que tiverem sido abandonados já adultos – estão ensinados a não fazer as necessidades em casa. Também não fazem as interrupções naturais dos animais bebés durante a noite para serem alimentados; Os animais abandonados estão de tal forma gratos por uma segunda oportunidade ao serem retirados dos seus abrigos, da rua ou do canil/gatil que exibem comportamentos altamente dóceis e carinhosos para com os seus novos donos;
* Uma das grandes vantagens em adoptar um animal abandonado é a percepção automática do seu carácter apenas através da observação imediata do animal. Muitos cachorros/ gatinhos bebés crescem nas nossas casas e ganham hábitos muito «humanos». Querem tomar as refeições à mesma hora que os seus donos, exigindo atenção; os cães ladram aos vizinhos e visitas porque não foram totalmente ensinados; ou são ciumentos e possessivos com os seus pertences. De facto, quando um cachorro/ gatinho é adquirido não sabemos exactamente que carácter irá desenvolver. Pelo contrário, um animal adulto é tal e qual como se mostra à partida. A personalidade que exibe no momento espelha aquilo que ele é. Assim, se mostra ser carinhoso com crianças, se se deixa tocar enquanto está a comer ou se demonstra estar à vontade com coleira e trela sabemos que é esse o seu comportamento, deixando-nos completamente relaxados;
* Os cães e gatos abandonados são tendencialmente carinhosos. Os cães, por exemplo, tornam-se altamente seguidores das nossas actividades, mostrando-se sempre preparados para nos acompanhar onde quer que seja, sempre com um receio inconsciente de que sejam novamente abandonados. Os gatos procuram igualmente a nossa companhia, mimando-nos incondicionalmente. Eles são os animais domésticos que mais notam as diferenças ambientais. Um novo lar e muitos mimos irão deixá-los completamente derretidos."
Um animal, independentemente da sua idade, tem muito amor para dar. Os animais abandonados, quer gatos quer cães, aprendem a amar quem lhes quiser bem. De facto, já passaram por tanta negligência e maldade que aprendem a amar a nova família adoptante de uma maneira incondicional. Os animais abandonados têm uma história muito triste por contar. Não deixem que uma dermatite causada pelas andanças na rua, a sua magreza ou a sua triste aparência vos iluda. Quando tinham dono o seu pêlo era lindo, eles corriam felizes e tinham um belo porte. Agora abandonados parece que todo o mundo desistiu deles. Vivem uma vida marginal, sobrevivendo de algumas (raras) pessoas bondosas que se vão sensibilizando. Muitos de vocês têm um animal. Agora imaginem como seria se o vosso menino andasse vagueando pela rua tentando sobreviver... É o que milhares deles fazem. E cada dia que sobrevivem é uma vitória. Que bom seria voltarem a ter uma casa que lhes desse mimo, que os acolhesse e que os tratasse para que o seu pêlo voltasse a brilhar. Que orgulho seria ter um guerreiro destes em casa…
São várias as vantagens de adoptar animais adultos:
* Talvez a mais importante é o facto de estarem a retirar um animal de um canil/ gatil, evitando o abate de uma vida inocente. Anualmente milhares de animais são abandonados, de todas as idades e de todas as raças. Muitos animais, exactamente por terem sido abandonados por alguém sem escrúpulos, estão já educados para viverem em casa e têm, por isso, certos hábitos incutidos. Hábitos higiénicos – como por exemplo, o hábito de passear na rua, recusando fazer necessidades em locais fechados; o hábito de não ladrarem às visitas; ou de se comportarem às horas de refeição;
* Já não terão o hábito de roer a mobília (próprio de muitos cachorros durante a mudança de dentição) e alguns – concretamente aqueles que tiverem sido abandonados já adultos – estão ensinados a não fazer as necessidades em casa. Também não fazem as interrupções naturais dos animais bebés durante a noite para serem alimentados; Os animais abandonados estão de tal forma gratos por uma segunda oportunidade ao serem retirados dos seus abrigos, da rua ou do canil/gatil que exibem comportamentos altamente dóceis e carinhosos para com os seus novos donos;
* Uma das grandes vantagens em adoptar um animal abandonado é a percepção automática do seu carácter apenas através da observação imediata do animal. Muitos cachorros/ gatinhos bebés crescem nas nossas casas e ganham hábitos muito «humanos». Querem tomar as refeições à mesma hora que os seus donos, exigindo atenção; os cães ladram aos vizinhos e visitas porque não foram totalmente ensinados; ou são ciumentos e possessivos com os seus pertences. De facto, quando um cachorro/ gatinho é adquirido não sabemos exactamente que carácter irá desenvolver. Pelo contrário, um animal adulto é tal e qual como se mostra à partida. A personalidade que exibe no momento espelha aquilo que ele é. Assim, se mostra ser carinhoso com crianças, se se deixa tocar enquanto está a comer ou se demonstra estar à vontade com coleira e trela sabemos que é esse o seu comportamento, deixando-nos completamente relaxados;
* Os cães e gatos abandonados são tendencialmente carinhosos. Os cães, por exemplo, tornam-se altamente seguidores das nossas actividades, mostrando-se sempre preparados para nos acompanhar onde quer que seja, sempre com um receio inconsciente de que sejam novamente abandonados. Os gatos procuram igualmente a nossa companhia, mimando-nos incondicionalmente. Eles são os animais domésticos que mais notam as diferenças ambientais. Um novo lar e muitos mimos irão deixá-los completamente derretidos."
22 de Dezembro, terça-feira
Hoje foi dia de veterinário.
A Spring foi esterilizada. Acabam-se os cios inoportunos e a possibilidade de acontecer alguma gravidez indesejada. Sim, que não é “depois de casa arrombada, trancas à porta”, temos de agir antes para que a casa não seja arrombada, que é como quem diz que não nasça mais uma ninhada de cachorros sem lar onde os desejem.
Nunca é demais repetir: esterilizar, esterilizar, esterilizar! É a maneira de acabar com a sobrepopulação de animais cães e gatos e com o consequente sofrimento a que está sujeita a grande maioria que não encontra abrigo num lar onde seja amada. Esterilizem as cadelas e os cães, as gatas e os gatos que vivem convosco. E quando estes estiverem esterilizados, não se fiquem por aí, e esterilizem a cadela da vizinha, a gata da prima. Sejam padrinhos e madrinhas de esterilização de animais que vivem nas ruas ou estão abrigados em alguma associação. Cada esterilização impede que milhares de animais sofram. Digam lá se não vale a pena!
Voltando ao veterinário. O Dr. Paulo fez uma ou duas punções na bola que o Talibocas tem na bochecha para mandar analisar. Ficamos à espera dos resultados para perceber melhor o que se passa. De qualquer modo, concordou que está a diminuir de tamanho e esperamos que desapareça por si.
Lamento referir este assunto, mas a última operação do Talibocas ainda não está paga, pelo que se alguém puder dar uma ajudinha…
Aproveitei a presença do Dr. Paulo para lhe pedir que apalpasse o Google que me parecia tinha um ligeiro inchaço na zona da garganta. Ele apalpou, apalpou, e disse que não era nada mas que devíamos estar sempre atentos. Moral da história: quando fizer festinhas aos cães, vou aproveitar para os ir apalpando, não vá aparecer algum inchaço suspeito!
O Zorba, o Manuel e a Girassol escaparam à vistoria médica; o Zorba porque já tinha sido visto quando levou o reforço da vacina, o Manuel e a Girassol não perdem por esperar porque já tenho planeado que vão fazer análises em Janeiro. O Manuel vai fazer uma citologia a uma otite que teima em resistir a todos os tratamentos e a Girassol, que, tirando uma artrose própria da idade, tem tido uma saúde de ferro, vai fazer uma análise ao sangue só para confirmar que está tudo bem. É que a idade não perdoa e mais vale prevenir que remediar.
A Spring foi esterilizada. Acabam-se os cios inoportunos e a possibilidade de acontecer alguma gravidez indesejada. Sim, que não é “depois de casa arrombada, trancas à porta”, temos de agir antes para que a casa não seja arrombada, que é como quem diz que não nasça mais uma ninhada de cachorros sem lar onde os desejem.
Nunca é demais repetir: esterilizar, esterilizar, esterilizar! É a maneira de acabar com a sobrepopulação de animais cães e gatos e com o consequente sofrimento a que está sujeita a grande maioria que não encontra abrigo num lar onde seja amada. Esterilizem as cadelas e os cães, as gatas e os gatos que vivem convosco. E quando estes estiverem esterilizados, não se fiquem por aí, e esterilizem a cadela da vizinha, a gata da prima. Sejam padrinhos e madrinhas de esterilização de animais que vivem nas ruas ou estão abrigados em alguma associação. Cada esterilização impede que milhares de animais sofram. Digam lá se não vale a pena!
Voltando ao veterinário. O Dr. Paulo fez uma ou duas punções na bola que o Talibocas tem na bochecha para mandar analisar. Ficamos à espera dos resultados para perceber melhor o que se passa. De qualquer modo, concordou que está a diminuir de tamanho e esperamos que desapareça por si.
Lamento referir este assunto, mas a última operação do Talibocas ainda não está paga, pelo que se alguém puder dar uma ajudinha…
Aproveitei a presença do Dr. Paulo para lhe pedir que apalpasse o Google que me parecia tinha um ligeiro inchaço na zona da garganta. Ele apalpou, apalpou, e disse que não era nada mas que devíamos estar sempre atentos. Moral da história: quando fizer festinhas aos cães, vou aproveitar para os ir apalpando, não vá aparecer algum inchaço suspeito!
O Zorba, o Manuel e a Girassol escaparam à vistoria médica; o Zorba porque já tinha sido visto quando levou o reforço da vacina, o Manuel e a Girassol não perdem por esperar porque já tenho planeado que vão fazer análises em Janeiro. O Manuel vai fazer uma citologia a uma otite que teima em resistir a todos os tratamentos e a Girassol, que, tirando uma artrose própria da idade, tem tido uma saúde de ferro, vai fazer uma análise ao sangue só para confirmar que está tudo bem. É que a idade não perdoa e mais vale prevenir que remediar.
Ontem
Que dia! Que chuva, que frio, que temporal!
Sei que não tenho o direito de me queixar, mas ontem foi daqueles dias em que apetece dar um pontapé na vida!
O frio era de rachar. O vento não estava de feição e empurrava o fumo da salamandra para dentro de casa. Tive de desistir e ligar o aquecedor, mas não é a mesma coisa.
Estou habituada a ter a saleta da salamandra bem quente e o resto da casa com uma temperatura amena. Ontem tinha uma temperatura amena ao lado do aquecedor e tiritava de frio no resto da casa!
Chovia! O Google pedia-me para ir à rua e, quando lhe abria a porta para o pátio, olhava para mim e desistia. O Manuel e o Zorba foram os únicos que se aventuraram a ir fazer um xixi lá fora. Escusado será dizer que passei boa parte do dia a limpar, a limpar e a voltar a limpar. Não os censuro, no lugar deles teria feito o mesmo.
Dormi abraçada à Spring. Senti que precisava de aquecimento extra durante e noite e convidei-a para dormir na minha cama. Foi o que fiz de melhor.
Os outros, deixei-os tapados com mantas antes de me ir deitar. Claro que se destapam durante a noite, mas mais não podia fazer.
Foi um dia horroroso e estou contente por ter acabado.
A única parte boa foi ter conseguido salvar o passarinho. Peguei nele com muito cuidado e soltei-o na janela. Ele voou para a ameixeira no fundo do pátio. Espero que tenha aprendido a lição e não volte a entrar em casa.
Sei que não tenho o direito de me queixar, mas ontem foi daqueles dias em que apetece dar um pontapé na vida!
O frio era de rachar. O vento não estava de feição e empurrava o fumo da salamandra para dentro de casa. Tive de desistir e ligar o aquecedor, mas não é a mesma coisa.
Estou habituada a ter a saleta da salamandra bem quente e o resto da casa com uma temperatura amena. Ontem tinha uma temperatura amena ao lado do aquecedor e tiritava de frio no resto da casa!
Chovia! O Google pedia-me para ir à rua e, quando lhe abria a porta para o pátio, olhava para mim e desistia. O Manuel e o Zorba foram os únicos que se aventuraram a ir fazer um xixi lá fora. Escusado será dizer que passei boa parte do dia a limpar, a limpar e a voltar a limpar. Não os censuro, no lugar deles teria feito o mesmo.
Dormi abraçada à Spring. Senti que precisava de aquecimento extra durante e noite e convidei-a para dormir na minha cama. Foi o que fiz de melhor.
Os outros, deixei-os tapados com mantas antes de me ir deitar. Claro que se destapam durante a noite, mas mais não podia fazer.
Foi um dia horroroso e estou contente por ter acabado.
A única parte boa foi ter conseguido salvar o passarinho. Peguei nele com muito cuidado e soltei-o na janela. Ele voou para a ameixeira no fundo do pátio. Espero que tenha aprendido a lição e não volte a entrar em casa.
O Passarinho
Hoje a sala dos cães foi invadida por um passarinho. Pequenino como um pardal, aliás muito parecido com um pardal, só que tem o papo cor de laranja, não sei se há pardais assim.
Os cães fazem uma algazarra doida a ladrar e saltar para tentar chegar ao passarinho que se refugiou num vidro das janelas mais altas.
Fechei os cães no pátio e abri uma janela para permitir ao passarinho fugir.
Nada. Ele continua lá. Assustado. Provavelmente cansado.
Tenho pena dos cães que devem ter frio e abro-lhes a porta. A algazarra recomeça. O passarinho esvoaça, esvoaça a tentar sair pelo vidro fechado, ignorando a janela aberta.
Volto a fechar os cães no pátio. O passarinho agora pode descansar.
Desejo que ele descubra a saída e voe para longe. Já morreram tantos pardais no Verão; os cães atacavam-nos sem dó nem piedade. Gostava que este se safasse.
Os cães fazem uma algazarra doida a ladrar e saltar para tentar chegar ao passarinho que se refugiou num vidro das janelas mais altas.
Fechei os cães no pátio e abri uma janela para permitir ao passarinho fugir.
Nada. Ele continua lá. Assustado. Provavelmente cansado.
Tenho pena dos cães que devem ter frio e abro-lhes a porta. A algazarra recomeça. O passarinho esvoaça, esvoaça a tentar sair pelo vidro fechado, ignorando a janela aberta.
Volto a fechar os cães no pátio. O passarinho agora pode descansar.
Desejo que ele descubra a saída e voe para longe. Já morreram tantos pardais no Verão; os cães atacavam-nos sem dó nem piedade. Gostava que este se safasse.
Notícias
A Isabel do Projecto de Ajuda Alimentar Animal e a Natália da Associação para Protecção dos Cães Abandonados estiveram hoje no programa da manhã na SIC.
Um caso de Natal

Costumo usar a expressão “cães de Natal” para me referir aos cachorros que são comprados ou adoptados para serem oferecidos como prendas de Natal. Uso-a com sentido pejorativo porque estou convencida que a maioria destes cães é abandonada até ao Verão pelos motivos habituais: dão muito trabalho, crescem, as pessoas vão de férias…
Quero acreditar que nem sempre é assim, mas… Apesar de não existirem estatísticas, a maior parte das vezes, é o que acontece.
O caso que apresento agora começa da maneira habitual. Um casal decide adquirir um cachorro de raça Labrador para oferecer aos filhos no Natal. A diferença surge quando o casal se mostra particularmente consciencioso e, em vez de optar por uma qualquer loja de animais, decide comprar directamente ao criador e visitar as instalações do criador antes de efectuar o negócio.
Esta é uma atitude que aconselho a todos os que optam por comprar um cão. Quem quer investir na compra de um cão deve ter o direito de conhecer os progenitores e as condições em que passam os primeiros meses de vida. Deve ainda poder exigir um documento certificando a compra/venda em que fique escrito todas as condições acordadas. Os bons criadores geralmente disponibilizam-se para aceitar o cão de volta caso a família deixe de poder cuidar dele por alguma razão. Também há algumas doenças hereditárias pelas quais os criadores devem ser responsabilizados no caso de o cão vir a padecer delas.
Enfim, há uma série de cuidados que devem ser acautelados e contratados por escrito quando se efectua o negócio.
Em relação ao casal que queria comprar o Labrador bebé, leiam o que aconteceu.
Depois de falar com o Dr. Paulo

Combinámos que o Talibocas continuaria a tomar o antibiótico e esperaríamos mais umas semanas a ver se melhora. Entretanto, vou colocar-lhe duas vezes por dia pachos de água quente para ajudar desinchar. Espero que resulte.
Quanto à Spring, vai começar a tomar antibiótico para tentar resolver o problema das feridas nas patas que poderá ser de origem alérgica.
Quanto à Spring, vai começar a tomar antibiótico para tentar resolver o problema das feridas nas patas que poderá ser de origem alérgica.
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"Sempre que um cão sai das minhas mãos para uma nova família, desejo que o tratem tão bem, ou ainda melhor, que eu. Desejo que compreendam que o cão não entra na suas vidas para os fazer felizes, mas, inversamente, a ideia é eles fazerem feliz o cão."