11 de Abril, sábado de manhã

Quem os conhece percebe a piada da situação. Para quem não conhece, vou tentar descrevê-los. O Maio é um cão grande, mesmo grande, jovem, cheio de energia. O Taliban, ou Talibocas como eu lhe chamo, é um cão pequeno, rodas baixas, 9 kg de cão compactados em tamanho de colo, velhote, calmíssimo.
Ora, hoje de manhã, estava eu sentada a tomar o pequeno-almoço, quando o Maio vem desafiar-me para brincar. O Maio não sabe pedir; salta para cima de mim, patas no peito, patas na cara, lá vão os óculos para o chão… Dei-lhe um grande “não”! Estou a tentar ensinar-lhe que só obtém o que pretende se pedir com maneiras.
A piada é que o Talibocas vem ao meu auxílio: coloca-se debaixo dos meus pés, a rosnar ao Maio, como quem está a proteger-me! Sabendo o tamanho de um e de outro, a situação é caricata!
Mas fiquei sensibilizada com a atitude do Talibocas. Ele está a afeiçoar--se muito a mim, e, como todos os cães que vieram da rua, tem uma lealdade imensa!
Sei que quando chegar o dia de nos separarmos, vai ser muito difícil para nós os dois!

Um comentário:

Anônimo disse...

Pois vai. Eu também terei muitas saudades do Talibocas, que para mim é um veterano de guerra.
Isabela

"Sempre que um cão sai das minhas mãos para uma nova família, desejo que o tratem tão bem, ou ainda melhor, que eu. Desejo que compreendam que o cão não entra na suas vidas para os fazer felizes, mas, inversamente, a ideia é eles fazerem feliz o cão."