Assim vamos andando...


Quando a dona do Bóris veio cá deixá-lo avisou-me que ele é um cão com tendência para fugir pelo que deveria ter muito cuidado, pelo que quando saímos para ir almoçar, deixei o Bóris fechado numa zona vedada do pátio lateral e perguntei à dona se ele seria capaz de saltar a vedação. Ela tranquilizou-me, apesar de a vedação não ser muito alta, o Bóris é um cão baixote, e eu fiquei tranquila.
Desde esse dia, sempre que abro o portão da rua, tenho o cuidado de fechar o Bóris na cerca antes. Tirando essas ocasiões, ele anda à solta pelo pátio da frente. Dá-se bem com os cães da casa, embora, às vezes, haja umas rosnadelas entre ele e o Talibocas – o Talibocas rosna a todos os cães, mas o Bóris é o único que lhe responde, todos os outros o ignoram.
O interior da casa é partilhado por todos, mas nunca em simultâneo. Tenho o cuidado de não juntar os cães que podem ter conflitos: o Guga e o Google, o Guga e o Bóris, o Guga e o Talibocas, o Talibocas e o Bóris.
Em relação aos passeios, tenho especial cuidado com os hóspedes. O Guga e o Bóris usam trela e uma coleira de treino, apesar de o Bóris odiar a coleira de treino porque não está habituado, mas prefiro esse método à coleira de picos virados para dentro. Por precaução, leva a coleira de treino e outra trela na coleira de picos que coloco com os picos para fora.
O Guga leva a trela na coleira de treino mas, às vezes, coloco uma trela extensível na coleira normal e dou-lhe mais um pouco de liberdade. Ele porta-se bastante bem e até o soltaria, não fosse o autêntico pavor que tenho de algum hóspede me fugir. Mesmo com os cães de confiança como a Boo, o Max e a Xica fico apreensiva e só relaxo completamente quando entramos em casa, “sãos e salvos”.

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"Sempre que um cão sai das minhas mãos para uma nova família, desejo que o tratem tão bem, ou ainda melhor, que eu. Desejo que compreendam que o cão não entra na suas vidas para os fazer felizes, mas, inversamente, a ideia é eles fazerem feliz o cão."